HPV e outras doenças de transmissão sexual

HPV e outras doenças de transmissão sexual


O que são DSTs?

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) ou infecções de transmissão sexual (ISTs) são aquelas que são transmitidas durante a relação sexual. Podem ser causadas por diferentes tipos de microorganismos - bactérias, vírus e fungos. 

A transmissão ocorre normalmente pelo contato sexual sem o uso do preservativo com uma pessoa infectada. A manifestação dessas doenças se dá através do surgimento de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas nos genitais, boca, região perianal e perigenital. Algumas infecções como escabiose (sarna) podem ser transmitidas pelo contato íntimo não sexual, como compartilhamento de camas, toalhas e lençóis.

A facilidade com que essas doenças são transmitidas se dá pelo fato de que muitos portadores são assintomáticos. Associado ao fato de que o uso do preservativo no Brasil ainda é restrito em todas as faixas etárias, incluindo os adolescentes iniciando a vida sexual. Estima-se que entre ele, por exemplo, somente cerca de 60% usem o preservativo de forma frequente.

A maior parte das doenças de transmissão sexual têm tratamento e cura. Algumas, como HIV/AIDS, podem ser controladas, mas não curadas. E outras, como Hepatites A e B, são passíveis de prevenção primária através da vacinação.

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Quando procurar um especialista para ter orientações sobre DSTs?

  1. Adolescentes que estão iniciando ou planejando iniciar a vida sexual com segurança.
  2. Casais que desejam interromper o uso de preservativo com segurança.
  3. Casais planejando ter filhos, durante a avaliação pré-natal.
  4. Pessoas que tiveram uma relação sexual suspeita, sem preservativo.
  5. O preservativo se rompeu na relação.
  6. Pessoas cujo parceiro(a) teve diagnosticada alguma infecção de transmissão sexual.
  7. Quem nasceu antes de 2004, deve checar se foi vacinado para Hepatite B, se teve algum contato ou se possui sinal ou sintoma de doença ativa ou crônica.
  8. Qualquer pessoa que apresentar algum sintoma sugestivos: corrimento, lesão ou verruga genital, anal ou perianal.
  9. Não está seguro ? Procure um especialista para conversar.


Abaixo, algumas das doenças mais comuns:

HPV (Papiloma vírus humano)

Atualmente, a infecção pelo HPV, um vírus que afeta células humanas de pele e de mucosas,  é a doença de transmissão sexual mais frequente, em todo mundo.


Existem diferentes tipos de vírus HPV. Alguns deles são sexualmente transmissíveis e capazes de infectar a pele ou mucosas dos genitais, boca ou ânus, causando o surgimento de verrugas.


O HPV aumenta o risco de câncer de colo de útero na mulher. Por isso, todo parceiro de uma mulher com HPV deve ser avaliado. 


O tratamento do HPV consiste na identificação do subtipo de vírus, na classificação de risco - sobretudo para a parceira infectada -  e no tratamento das lesões - genitais, orais ou anais, através  da cauterização, que pode ser eletrônica, por nitrogênio líquidos, química ou com laser. 


Vacina contra o HPV 

Um dos mais importantes avanços nas pesquisas sobre o HPV foi o desenvolvimento das vacinas para prevenção de infecção pelo vírus. As vacinas para o HPV já estão disponíveis, tanto no sistema privado como público de saúde no Brasil, tanto para homens como mulheres. 

Uretrites

As uretrites são infecções que acometem a uretra. São causadas por diferentes bactérias, como neisserias, clamídias, micoplasmas e tricomonas.


As uretrites por neisseria são conhecidas como gonorreia e se caracterizam por uma forte ardência para urinar e pela presença de corrimento uretral  amarelado e abundante. Normalmente, os sintomas aparecem entre 2 a 4 dias após a relação sexual desprotegida.


As uretrites causadas por clamídias e micoplasmas, mais comuns atualmente, também cursam com ardência para urinar - porém menos intensa - e um corrimento mais claro e  menos abundante do que na gonorréia. O início dos sintomas geralmente ocorre após 2 semanas da relação sexual suspeita. 


Na mulheres, as uretrites costumam ser assintomáticas, ou com pouco sintomas para urinar. O mais comum é se apresentarem como inflamação do colo de útero e corrimento. 


É fundamental que diante de qualquer suspeita, o paciente procure auxílio de um médico especialista, evitando a a automedicação ou tratamentos inadequados nos balcões de farmácia, que podem mascarar a infecção ao invés de tratá-la.


As uretrites tratadas de forma errada podem  se agravar, resultando em complicações, como prostatite (inflamação da próstata) orquites (infecção do testículo) e até mesmo infertilidade masculina ou feminina.


Sífilis

Doença causada pela bactéria Treponema pallidum. Inicialmente, caracteriza-se por ferida no genital que se cura espontaneamente, sem tratamento. Semanas após o início da infecção,  surgem as  lesões de pele, principalmente em mãos, pés e tronco.  São manchas ou lesões avermelhadas, descamativas, que não coçam. Podendo ocorrer febre, dor de cabeça e mal estar geral também.


A Sífilis pode permanecer incubada no organismo  por anos, sem a manifestação de sintomas e, por isso, acaba sendo transmitida para outras pessoas. Mesmo incubada e sem dar sintomas, a bactéria da sífilis pode lesar a inflamação de vários tecidos, como no coração e no cérebro. 


A sífílis também pode ser transmitida durante a gravidez, da mãe para bebê, causando uma forma grave da doença chamada de sífilis congênita. Toda gestante, no pré-natal, deve colher os exames para o pesquisa de sífilis.


Hepatite B

As hepatites são inflamações do fígado. Podem ser causadas por diversos fatores, como álcool, medicações e vírus.  A hepatite B é  uma doença transmitida pelo  vírus B da hepatite humana. 


No caso do vírus B (VHB), a transmissão se dá pelo contato ou transfusão de sangue contaminado ou pela relação sexual. 


O vírus da hepatite B é 10 a 20 vezes mais contagioso do que o próprio  HIV. Na forma aguda, a hepatite B provoca febre, mal estar geral, icterícia - olhos e peles ficam amarelados - urina escuro e clareamento das fezes. A maior parte do sistema imunológico das pessoas consegue combater a infecção depois de algumas semanas. Porém, 30% dos indivíduos podem desenvolver uma forma crônica da doença, mais graves e de difícil tratamento, levando à fibrose do fígado, conhecida como cirrose, ou formação de tumores ou câncer de fígado. 


Atenção: Hepatite B pode ser prevenida com a vacina. Cheque a sua carteirinha de vacinação, principalmente se você nasceu antes de 2004, quando a vacina passou a ser obrigatória no primeiro ano de vida. Se tiver alguma dúvida se foi ou não vacinado, procure um médico especialista para testagem e uma correta orientação da vacinação.

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Ainda tem dúvidas?

Perguntas Frequentes

  • Tive uma relação sexual suspeita ou sem preservativo. O que fazer?

    Procure um médico de confiança para uma avaliação clínica, exame físico e realização de exames e testes para DST e HIV/AIDS. Em alguns casos, também é realizada a profilaxia medicamentosa contras as DST mais comuns e HIV/AIDS. 


  • Meu preservativo rompeu durante a relação sexual. O que fazer?

    Procure um médico de confiança para uma avaliação clínica, exame físico e realização de exames e testes para DST e HIV/AIDS. Em alguns casos, também é realizada a profilaxia medicamentosa contras as DST mais comuns e HIV/AIDS. 

  • Candidíase pode ser transmitida pela relação sexual?

    A cândida é um fungo que está presente na pele e na mucosa de homens e mulheres. Em situações de estresse, queda de imunidade, uso de antibióticos e diabetes, o fungo pode se proliferar de causar a candidíase, que na mulher se manifesta por um corrimento e no homem por uma inflamação da glande e da pele do pênis (prepúcio) chama balanopostite. A transmissão sexual pode acontecer, embora não seja exclusiva como no caso de outras gonorréia, sífilis e hepatite B. Na candidíase, é importante sempre tratar ambos os parceiros simultaneamente.


  • O que é o herpes genital?

    O herpes genital é uma doença de transmissão sexual provocada por um vírus muito semelhante ao do herpes labial. Os principais sintomas são ardência ou coceira genital, seguidos do aparecimento de bolhas ou vesículas no mesmo local. Essas “bolhas” se rompem, formando pequenas feridas que se curam espontaneamente em até 2 semanas. O herpes genital, assim como labial, não tem cura. E se caracteriza justamente pelas crises repetidas. As medicações usadas aliviam ou encurtam o período se sintomas, mas o estresse, queda de imunidade e mesmo pequenos traumas da pele durante a relação sexual podem desencadear novas crises. Há  estratégias de tratamento de longo prazo com medicamentos antivirais para evitar a repetição de crises em pacientes com muitas recorrências durante o ano.


    Clique aqui.


  • O que é sexo seguro?

    Sexo seguro é o conjunto de medidas para uma vida sexual atuva e com seguranaça e que não se limita apenas ao uso do preservativo. De fato, o uso do preservativo é o ponto central quando falamos em segurança e prevenção de IST. Mas outras medidas precisam ser incorporadas no dia a dia de parceiros. São elas:


    1) Usar o preservativo sempre

    2) Vacinar-se contra Hepatite A, B e HPV

    3) Conhecer o status sorológico para HIV das parcerias

    4) Testar-se regularmente para HIV/AIDS e outras IST

    5) Aderir ao tratamento para pessoas vivendo com HIV 

    6) Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica ou Papanicolau)

    7) Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicado

    8)  Realizar Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicado. 

    9) Conhecer e ter acesso à anticoncepção

  • De quanto em quanto tempo preciso me testar para IST e HIV/AIDS?

    Todas as pessoas com vida sexual ativa, independentemente de gênero ou orientação sexual, devem realizar o rastreamento para doenças de transmissão sexual periodicamente. O intervalo desses exames varia de acordo com cada pessoa. Durante a consulta médica, o Dr. Fernando Saito poderá orientar você sobre o intervalo mais seguro para realização dos exames.

  • Sobre o preservativo masculino

    1) Armazená-lo longe do calor, observando a integridade da embalagem e o prazo de validade.


    2) Deve ser colocado antes da penetração, durante a ereção peniana.


    3) Apertar a extremidade do preservativo entre os dedos durante a colocação, retirando todo

    o ar do seu interior.


    4) Ainda segurando a ponta do preservativo, desenrolá-lo até a base do pênis.


    5) Devem-se usar apenas lubrificantes de base aquosa (gel lubrificante), pois a utilização de

    lubrificantes oleosos (como vaselina ou óleos alimentares) danifica o látex, ocasionando

    sua ruptura. O gel lubrificante facilita o sexo anal e reduz as chances de lesão.


    6) Em caso de ruptura, o preservativo deve ser substituído imediatamente.


    7) Após a ejaculação, retirar o pênis ainda ereto, segurando o preservativo pela base para que

    não haja vazamento de esperma.


    8) O preservativo não pode ser reutilizado e deve ser descartado no lixo (não no vaso

    sanitário) após o uso.

  • Sobre o preservativo feminino

    1) Armazená-lo longe do calor, observando a integridade da embalagem e o prazo de validade.


    2) Não deve ser utilizado juntamente com o preservativo masculino.


    3) Ao contrário do preservativo masculino, o feminino pode ser colocado até antes da relação

    e retirado com tranquilidade após o coito, de preferência antes de a mulher se levantar,

    para evitar que o esperma escorra do interior do preservativo.


    4) O preservativo feminino já vem lubrificado; portanto, não é necessário usar lubrificantes.


    5) Para colocá-lo corretamente, a mulher deve encontrar uma posição confortável (em pé

    com um dos pés em cima de uma cadeira, sentada com os joelhos afastados, agachada ou

    deitada).


    6) Apertar e introduzir na vagina o anel móvel do preservativo. Com o dedo indicador,

    empurrá-lo o mais profundamente possível, para alcançar o colo do útero; a argola fixa

    (externa) deve ficar aproximadamente três centímetros para fora da vagina. Durante a

    penetração, guiar o pênis para o centro do anel externo.


    7) Um novo preservativo deve ser utilizado a cada nova relação.

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